Hoje toda a Igreja está em festa. É a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. É oportuno rever as nossas celebrações eucarísticas. Porque celebramos? O que celebramos? Como o fazemos? Qual a nossa participação? O que implica a nossa presença e comunhões para a nossa vida familiar, laboral e cívica? A Missa dominical é o centro fundamental da construção e vitalidade da comunidade de fé que constituímos na Igreja universal. A Missa é o sacrifício da nova aliança no sangue de Cristo. É também o sacrifício dos fiéis, unidos a Jesus pelo culto a Deus. Não vamos à Missa por mera obrigação, mas porque a celebração da Eucaristia é uma necessidade de vida e de comunhão com Deus e com os irmãos; é a nossa força e alegria de cristãos; é um compromisso de fé e de amor que dá sentido a toda a nossa existência.
A 1ª leitura é do Livro do Êxodo. No sopé do monte Sinai Deus faz uma aliança com Israel. Promete defender e proteger o seu povo, com a condição de que este se comprometa a observar os seus mandamentos. O povo aceita a proposta e promete fidelidade. Oferecem-se vítimas a Deus, e Moisés toma o sangue das vítimas e deita metade sobre o altar (que representa Deus) e a outra metade sobre as doze pedras (que representam o povo. Isto significa que Deus e Israel, daí por diante, são como uma única pessoa, é como se dentro deles corresse o mesmo sangue. Tudo isto era a figura e a imagem da nova e eterna aliança que Cristo haveria de fazer na Eucaristia.
A 2ª leitura é da Epístola aos Hebreus. A nova aliança estabelecida por Cristo é superior à antiga, antes de mais, porque na antiga era usado o sangue de carneiros e de bezerros. Cristo, ao contrário, ofereceu o seu próprio sangue. E este tem valor infinito, conseguindo purificar todos os homens dos seus pecados, o que não sucedia com o sangue dos animais.
O Evangelho é segundo São Marcos. É a instituição da Eucaristia. “No sacramento do seu Corpo e Sangue, Jesus deixou-nos o memorial do seu sacrifício, para que o celebrássemos em memória d’Ele, até que Ele venha no fim dos tempos. Por isso, sempre que celebramos a Eucaristia, proclamamos a morte do Senhor e renovamos a aliança com Deus, que, na sua morte, Cristo selou em nosso favor”.