Há uma luz que me leva mais longe

Uns veem e outros não veem. Os cegos veem e os que julgam ver são cegos. Pode um cego guiar outro cego? Não caem os dois em algum buraco? Os fariseus são guias, o cego vê. O cego acredita e as trevas tornaram-se luz. Os fariseus julgam acreditar, mas não conseguem ver e a luz que julgam ter são trevas.

Uns veem, creem e adoram e outros fecham o coração. Ele veio para os seus e os seus não o receberam. Mas a quantos o receberam e acreditaram no seu nome deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.

LEITURA I                                           1Sm 16, 1b.6-7.10-13a

Naqueles dias, o Senhor disse a Samuel: «Enche a âmbula de óleo e parte. Vou enviar-te a Jessé de Belém, pois escolhi um rei entre os seus filhos». Quando chegou, Samuel viu Eliab e pensou consigo: «Certamente é este o ungido do Senhor». Mas o Senhor disse a Samuel: «Não te impressiones com o seu belo aspeto, nem com a sua elevada estatura, pois não foi esse que Eu escolhi. Deus não vê como o homem: o homem olha às aparências, o Senhor vê o coração». Jessé fez passar os sete filhos diante de Samuel, mas Samuel declarou-lhe: «O Senhor não escolheu nenhum destes». E perguntou a Jessé: «Estão aqui todos os teus filhos?». Jessé respondeu-lhe: «Falta ainda o mais novo, que anda a guardar o rebanho». Samuel ordenou: «Manda-o chamar, porque não nos sentaremos à mesa, enquanto ele não chegar». Então Jessé mandou-o chamar: era ruivo, de belos olhos e agradável presença. O Senhor disse a Samuel: «Levanta-te e unge-o, porque é este mesmo». Samuel pegou na âmbula do óleo e ungiu-o no meio dos irmãos. Daquele dia em diante, o Espírito do Senhor apoderou-Se de David.

O relato da eleição de David para rei de Israel revela que a escolha de Deus recai sobre o filho mais novo de Jessé, aquele de quem ninguém se lembraria para realizar uma missão tão importante.  Agindo desta forma, Deus confunde os homens porque não procura os fortes, nem os capacitados, escolhe os fracos e os rejeitados. Não lhe interessa o mérito, mas a disponibilidade.

Salmo responsorial                         Sl 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 1)

O salmo 22 recorda a subida do povo de Israel a Jerusalém por ocasião das festas, onde vão oferecer sacrifícios de ação de graças. Pelo caminho parecem ovelhas sem pastor. No entanto, Deus acompanha o seu povo, ele é o verdadeiro rei de Israel, o Bom Pastor que leva as ovelhas pelos prados verdejantes. As ovelhas nada temem, ainda que tenham que atravessar o vale da morte porque o Senhor, Pastor de Israel, está presente com o seu cajado. Os inimigos nada podem contra aqueles que são protegidos do Rei e Pastor de Israel. O Senhor prepara a mesa (Eucaristia) e unge com óleo (Confirmação) aqueles que ele próprio conduz à sua casa, ao seu templo. 

LEITURA  II                                                       Ef 5, 8-14

Irmãos: Outrora vós éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz, porque o fruto da luz é a bondade, a justiça e a verdade. Procurai sempre o que mais agrada ao Senhor. Não tomeis parte nas obras das trevas, que nada trazem de bom; tratai antes de as denunciar abertamente, porque o que eles fazem em segredo até é vergonhoso dizê-lo. Mas todas as coisas que são condenadas são postas a descoberto pela luz, e tudo o que assim se manifesta torna-se luz. É por isso que se diz: «Desperta, tu que dormes; levanta-te do meio dos mortos, e Cristo brilhará sobre ti».

Há um antes e um depois para aqueles que passaram pela experiência do Batismo. Antes eram trevas, agora são luz, antes viviam como filhos das trevas, agora são filhos da luz, antes davam frutos vergonhosos, agora os seus frutos são a bondade, a justiça e a verdade. Sem a luz de Cristo só se pode esperar o sono da morte, iluminados por Cristo podem dar os verdadeiros frutos.

EVANGELHO          Forma longa                           Jo 9, 1-41

Naquele tempo, Jesus encontrou no seu caminho um cego de nascença. Os discípulos perguntaram-Lhe: «Mestre, quem é que pecou para ele nascer cego? Ele ou os seus pais?». Jesus respondeu-lhes: «Isso não tem nada que ver com os pecados dele ou dos pais; mas aconteceu assim para se manifestarem nele as obras de Deus. É preciso trabalhar, enquanto é dia, nas obras d’Aquele que Me enviou. Vai chegar a noite, em que ninguém pode trabalhar. Enquanto Eu estou no mundo, sou a luz do mundo». Dito isto, cuspiu em terra, fez com a saliva um pouco de lodo e ungiu os olhos do cego. Depois disse-lhe: «Vai lavar-te à piscina de Siloé»; Siloé quer dizer «Enviado». Ele foi, lavou-se e ficou a ver. Entretanto, perguntavam os vizinhos e os que antes o viam a mendigar: «Não é este o que costumava estar sentado a pedir esmola?». Uns diziam: «É ele». Outros afirmavam: «Não é. É parecido com ele». Mas ele próprio dizia: «Sou eu». Perguntaram-lhe então: «Como foi que se abriram os teus olhos?». Ele respondeu: «Esse homem, que se chama Jesus, fez um pouco de lodo, ungiu-me os olhos e disse-me: ‘Vai lavar-te à piscina de Siloé’. Eu fui, lavei-me e comecei a ver». Perguntaram-lhe ainda: «Onde está Ele?». O homem respondeu: «Não sei». Levaram aos fariseus o que tinha sido cego. Era sábado esse dia em que Jesus fizera lodo e lhe tinha aberto os olhos. Por isso, os fariseus perguntaram ao homem como tinha recuperado a vista. Ele declarou-lhes: «Jesus pôs-me lodo nos olhos; depois fui lavar-me e agora vejo». Diziam alguns dos fariseus: «Esse homem não vem de Deus, porque não guarda o sábado». Outros observavam: «Como pode um pecador fazer tais milagres?». E havia desacordo entre eles. Perguntaram então novamente ao cego: «Tu que dizes d’Aquele que te deu a vista?». O homem respondeu: «É um profeta». Os judeus não quiseram acreditar que ele tinha sido cego e começara a ver. Chamaram então os pais dele e perguntaram-lhes: «É este o vosso filho? É verdade que nasceu cego? Como é que ele agora vê?». Os pais responderam: «Sabemos que este é o nosso filho e que nasceu cego; mas não sabemos como é que ele agora vê, nem sabemos quem lhe abriu os olhos. Ele já tem idade para responder; perguntai-lho vós». Foi por medo que eles deram esta resposta, porque os judeus tinham decidido expulsar da sinagoga quem reconhecesse que Jesus era o Messias. Por isso é que disseram: «Ele já tem idade para responder; perguntai-lho vós». Os judeus chamaram outra vez o que tinha sido cego e disseram-lhe: «Dá glória a Deus. Nós sabemos que esse homem é pecador». Ele respondeu: «Se é pecador, não sei. O que sei é que eu era cego e agora vejo». Perguntaram-lhe então: «Que te fez Ele? Como te abriu os olhos?». O homem replicou: «Já vos disse e não destes ouvidos. Porque desejais ouvi-lo novamente? Também quereis fazer-vos seus discípulos?». Então insultaram-no e disseram-lhe: «Tu é que és seu discípulo; nós somos discípulos de Moisés. Nós sabemos que Deus falou a Moisés; mas este, nem sabemos de onde é». O homem respondeu-lhes: «Isto é realmente estranho: não sabeis de onde Ele é, mas a verdade é que Ele me deu a vista. Ora, nós sabemos que Deus não escuta os pecadores, mas escuta aqueles que O adoram e fazem a sua vontade. Nunca se ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. Se Ele não viesse de Deus, nada podia fazer». Replicaram-lhe então eles: «Tu nasceste inteiramente em pecado e pretendes ensinar-nos?». E expulsaram-no. Jesus soube que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: «Tu acreditas no Filho do homem?». Ele respondeu-Lhe: «Quem é, Senhor, para que eu acredite n’Ele?». Disse-lhe Jesus: «Já O viste: é quem está a falar contigo». O homem prostrou-se diante de Jesus e exclamou: «Eu creio, Senhor». Então Jesus disse: «Eu vim a este mundo para exercer um juízo: os que não veem ficarão a ver; os que veem ficarão cegos». Alguns fariseus que estavam com Ele, ouvindo isto, perguntaram-Lhe: «Nós também somos cegos?». Respondeu-lhes Jesus: «Se fôsseis cegos, não teríeis pecado. Mas como agora dizeis: ‘Nós vemos’, o vosso pecado permanece».

O evangelho apresenta a luta entre a cegueira e a luz. Jesus é a luz que ilumina todo o homem que vem a este mundo. O mundo, porém, não o conheceu. A luta continua naqueles que se confrontam com a luz. O cego procura a luz, os fariseus lutam contra a luz. O cego começa a ver porque acreditou que Jesus é a luz. Os fariseus permanecem na escuridão porque não aceitaram nem acreditaram em Jesus.

Reflexão da Palavra

Os livros de Samuel relatam o nascimento do profeta (Samuel), a sua consagração ao serviço do templo e, através da sua missão, vão contando também a história do nascimento da monarquia em Israel, que tem como primeiros reis Saúl e David.

Saúl, ungido por Samuel, é considerado o “mais belo” entre os filhos de Israel. Apesar de ter correspondido ao que Deus esperava dele, no início do seu reinado, Saúl depressa se desvia e acaba por desobedecer a Deus não cumprindo o que o profeta lhe tinha ordenado. Estando acampados em Guilgal para enfrentar os Filisteus, Samuel pede a Saúl que aguarde pela sua chegada para oferecer um sacrifício antes de travarem batalha. O medo apoderou-se dos homens de Saúl e o rei não esperou, oferecendo ele mesmo o sacrifício para poder enfrentar os Filisteus. Esta desobediência foi a gota de água no reinado, já difícil, e fez cair Saúl em desgraça diante de Deus, que decide escolher outro rei para o substituir.

O escolhido para substituir Saúl é David, o oitavo filho de Jessé, como relata a leitura deste domingo. O texto recorda três coisas importantes:

– O rei é o eleito de Deus; Deus escolhe quem quer para realizar uma missão de serviço junto do povo. O povo é de Deus e não do rei, por isso, se o rei não cumprir bem a sua missão será substituído;

– O rei, é consagrado pela unção com óleo, pois é o ungido do Senhor;

– Esta unção confere o Espírito do Senhor, que o consagra para ocupar o lugar de Deus no meio do seu povo e governar segundo o mesmo Espírito e não segundo a sua vontade.

O Salmo 22 dá continuidade à primeira leitura recordando que Deus é o verdadeiro bom Pastor, o verdadeiro rei de Israel, que conduz o seu povo para a sua casa, com o seu báculo. através de pastagens verdejantes, livrando-o dos seus inimigos, dando-lhe confiança no meio dos perigos do caminho e enchendo-o de alegria quando, por fim, pode sentar-se à mesa e experimentar o perfume da unção e a taça a transbordar. As peregrinações a Jerusalém, que inspiram este salmo, são também inspiração para a grande peregrinação da vida.

A carta aos efésios, tem como objetivo a perseverança dos cristãos no meio das dificuldades do tempo presente, apresentando os ensinamentos fundamentais da doutrina para que não haja desvios. Numa exortação aos batizados, Paulo, recorda que o Batismo foi para eles o início de uma vida nova. Esta mudança foi operada graças ao dom que receberam. Trata-se de uma mudança radical que significa uma nova vida em Cristo, porque o dom que receberam foi o próprio Cristo. Ele é o dom do Pai, a origem de toda a graça “a cada um foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo” que gera no batizado o homem novo.

O que aconteceu na vida do batizado foi uma passagem das trevas para a luz, foi o poder de Deus que em Jesus “ilumina todo o homem que vem a este mundo” e que, pela fé, gera os filhos de Deus. Se antes estavam longe de Deus e viviam nas trevas, agora aproximaram-se de Deus, vivem na luz. Os frutos das trevas são vergonhosos, mas os frutos da Luz são a bondade, a justiça e a verdade.

O tema da luz e das trevas continua no evangelho de João, a propósito da catequese presente na cura do cego de nascença. Ser cego é viver nas trevas, porque não consegue ver a luz do sol. Jesus diz que vem aí a noite e é preciso aproveitar o dia enquanto ele dura, referindo-se à sua presença no mundo, pois ele é a luz do mundo.

O texto evangélico está construído em oito quadros: começa com a cura do cego; uma vez curado, este passa pela avaliação dos seus vizinhos e conhecidos; também os fariseus avaliam a sua nova condição; os pais são confrontados pelos fariseus sobre o que se passou com o filho; os fariseus chamam novamente o homem para nova avaliação; Jesus encontra de novo o cego e revela-se; Jesus afirma-se como Juiz e denuncia a cegueira dos fariseus.

No início está um cego que é curado por Jesus e no final do texto aquele que era cego consegue ver quem é Jesus e reconhecer que ele é o Filho do Homem, mas surgem vários cegos, os fariseus, que apesar de verem são cegos, porque não conseguem reconhecer quem é Jesus.

O texto apresenta algumas curiosidades: Jesus põe lama nos olhos do cego e manda-o lavar-se na piscina de Siloé, que significa ‘enviado’. Ora o enviado é Jesus. O cego, conhecido de todos, parece ter adquirido uma nova fisionomia de modo que ninguém o reconhece. Curado, o cego, faz um caminho no conhecimento de Jesus, primeiro apenas sabe que é um homem, mais adiante já sabe que tem o nome de Jesus, a seguir afirma que é um profeta, depois diz que ele vem de Deus e termina prostrado diante de Jesus reconhecendo que ele é o Filho do Homem.

Os fariseus, perante Jesus, dividem-se. Uns dizem que ele é um pecador, mas outros reconhecem que um pecador não pode fazer o que ele faz; Não sabem de onde ele vem nem reconhecem que ele tenha feito algum milagre; querem julgar Jesus, mas é ele quem os julga; creem estar na luz e estão nas trevas.

Meditação da Palavra

No quarto domingo da quaresma, os cristãos em geral e os catecúmenos em particular são confrontados com o relato da cura do cego de nascença. Trata-se de um relato repleto de elementos que caracterizam o caminho de adesão a Jesus, o Filho do Homem. Ele é a luz que ilumina todo o homem que vem a este mundo, mas a noite ainda não terminou, pode sempre surpreender-nos, “vem aí a noite, em que ninguém pode atuar”, diz Jesus.

O cego, qual catecúmeno, é alvo da iniciativa de Deus. Como acontece na eleição do rei de Israel, relatada na primeira leitura, é Deus quem toma a iniciativa, através de Jesus, de colocar lama nos seus olhos e o mandar lavar-se. Curiosamente, manda-o lavar-se na piscina cujo nome significa ‘enviado’. O enviado é Jesus. É em Jesus, nas águas do batismo de Jesus, que todos são lavados, que todos encontram a luz, que todos passam a viver de dia e começam a ver. Por isso se chamava aos recém-batizados, os iluminados.

O batismo dá início a uma vida nova, como refere Paulo na carta aos efésios, “outrora vós éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor“ e como constata o evangelho ao referir a dificuldade que os vizinhos e conhecidos tinham em reconhecer, no homem curado por Jesus, o cego que antes estava a pedir esmola. O homem que vive de esmolas, da vida dos outros, sentado à margem da vida, sem participar ativamente nela, não tem nada a ver com o homem novo, tornado livre em Cristo, que agora se apresenta diante deles.

O homem novo, nascido do batismo, pode não conhecer totalmente aquele que lhe deu um novo olhar, mas sabe que foi levantado do chão, que recebeu a luz, que tem um caminho e pode chegar a afirmar nele a fé. Uma fé tímida que no início apenas sabe que um homem o curou, mas que vai descobrindo, à medida que se abre ao dom recebido do alto, que este homem é Jesus, que é um profeta, até chegar a professar a fé, “Eu creio, Senhor!”, prostrado por reconhecer que ele é Deus. Realiza-se nele o que Paulo diz aos efésios “Desperta, tu que dormes; levanta-te do meio dos mortos e Cristo brilhará sobre ti”.

A vida nova de um batizado gera interrogações: “É ele”; “Não é. É parecido com ele.” mas ele sabe que, embora transformado por Cristo, é o mesmo que antes era cego e agora vê, antes era trevas e agora é luz.

A vida nova de um batizado gera curiosidade, “como foi que se abriram os teus olhos?” e tomadas de posição “diziam alguns dos fariseus: “Esse homem não vem de Deus, porque não guarda o sábado”. Outros observavam: «Como pode um pecador fazer tais milagres?». E havia desacordo entre eles”.

A vida nova de um batizado é alvo de investigação aprofundada que vai até às origens, por isso, não contentes com as respostas do cego mandam chamar os pais a dar testemunho: “É este o vosso filho? É verdade que nasceu cego? Como é que ele agora vê?”.

A vida nova de um batizado vai acontecendo no diálogo permanente, onde é chamado a afirmar-se, a afirmar as suas convicções e a responder pela sua fé. Este diálogo faz-se com Cristo em primeiro lugar, deixando-o agir, escutando-o e fazendo o que ele diz: “cuspiu em terra, fez com a saliva um pouco de lodo e ungiu os olhos do cego. Depois disse-lhe: «Vai lavar-te à piscina de Siloé”, até chegar a dizer com toda a certeza “Eu creio, Senhor!”.

E em diálogo com os homens que não entendem a mudança que se vai operando aos seus olhos: “Esse homem, que se chama Jesus, fez um pouco de lodo, ungiu-me os olhos e disse-me: ‘Vai lavar-te à piscina de Siloé’. Eu fui, lavei-me e comecei a ver”, sem hesitação e plenamente convencido. Um diálogo difícil, carregado de intolerância, humilhação e desprezo pela fé.

A vida nova de um batizado corre o mesmo risco das ovelhas tresmalhadas nos vales tenebrosos da morte, expostas às sombras da noite que ameaçam chegar antes do pastor e ocupar o seu lugar. Só a voz do pastor tem o poder de iluminar a noite do medo, da dúvida e da incerteza e conduzir os passos na direção do templo, onde o Senhor já tem a mesa posta e o perfume da unção preparado para a festa da vida nova que vai acontecer, para os catecúmenos, em breve, na Vigília Pascal.

Rezar a Palavra

Senhor, recusado pelos que julgam ver, abriste os olhos ao cego que ouviu e cumpriu o que lhe mandaste. Também eu, como cego, mergulhado nas sombras densas do medo, da incerteza e das dúvidas, espero a voz do teu báculo para seguir entre os vales tenebrosos do caminho, até poder sentar-me contigo à mesa, onde o pão partido e o vinho novo reconfortam a minha alma, e o perfume da unção me restaura a dignidade que o teu nome me oferece.

Compromisso semanal

Concentro-me na missão, que o Senhor me deu, de afirmar a minha fé diante dos que ainda não conseguem ver.