Ao terminar a sua missão na terra, Maria, a Imaculada Mãe de Deus, “foi elevada em corpo e alma à glória do Céu” (Pio XII), sendo assim a primeira criatura humana a alcançar a plenitude da salvação. Esta glorificação de Maria é consequência natural da sua Maternidade divina. É também fruto da íntima e profunda união existente entre Maria e a sua missão e Cristo e a sua obra salvadora. O triunfo de Maria, mãe e filha da Igreja, será o triunfo da Igreja, quando, juntamente com a humanidade, atingir a glória plena, de que Maria goza já. A Assunção de Maria ao Céu, em corpo e alma, é a garantia de que também o nosso corpo ressuscitará e assim triunfará da morte.
A 1ª leitura é do Livro do Apocalipse. A Mulher que, na glória e na dor, dá à luz um Filho, contra o qual se encarniça o Dragão, é a imagem de Maria, que, pela sua fé e pela sua fidelidade, deu ao mundo o Salvador. Mas o mistério de Maria é o mistério da Igreja, que, pela graça, gera Cristo nas almas. Por isso, a Mãe contemplada por João na sua visão é, ao mesmo tempo, Maria e a Igreja. E Maria enquanto modelo da Igreja.
A 2ª leitura é da Primeira Epístola de S. Paulo aos Coríntios. Se às primícias se seguem os frutos da colheita, à Ressurreição de Cristo seguir-se-á a nossa. Ora Maria foi o primeiro membro do Povo de Deus a participar da vitória de Cristo. Pela sua Assunção, ela entrou na glória de Cristo ressuscitado e tornou-se assim “as primícias” de todos os ressuscitados.
O Evangelho, segundo S. Lucas, narra-nos a visita de Maria à sua parenta Isabel. A vinda e a obra redentora do Messias só são possíveis graças à colaboração de Maria, “Mãe do Senhor”, isto é, de Deus. Por essa razão, Isabel chama-a bendita entre todas as mulheres. Maria sabe, porém, que a glória única de ser Mãe de Deus se deve apenas à eleição divina. Por isso, canta as misericórdias e o poder de Deus, que nela realizou grandes coisas.