Domingo XX do Tempo Comum

Cada celebração da Virgem Maria evoca a relação especial que Maria teve com Jesus. Ela é a mulher que, depois de aceitar ser a mãe do Salvador, estabeleceu um vínculo especial com o seu Filho, concebendo-o no seu seio e comprometendo-se a aceitar todas as consequências da sua disponibilidade em aceitar o projecto de Deus de salvar a humanidade. O caminho de Maria fica ligado ao caminho de Jesus.

Ela está presente nos momentos principais da manifestação de Jesus, quando alguns mostram a sua adesão ao projecto de Jesus, e também nas circunstâncias em que há dúvidas, interrogações e rejeição por parte de outros. Também ela fez este percurso de descoberta e de aceitação nas diferentes fases da vida de Jesus, desde o nascimento até à morte na cruz. E foi este caminho feito em conjunto com o seu Filho que a levou a participar no sofrimento e na dor e, depois, na ressurreição e na glorificação. A Igreja proclama esta participação de Maria na glória de Jesus ressuscitado celebrando esta festa da Assunção da Virgem Maria que não é mais que a participação gloriosa de Maria na ressurreição de Jesus.

1. O caminho de Maria

– A mulher que foi elevada aos Céus é a jovem de Nazaré que disse sim ao convite que o anjo lhe dirigiu para ser a mãe do Filho de Deus, mesmo sem lhe ser apresentado qualquer plano de desenvolvimento deste projecto… Ela apenas confiou na palavra que lhe foi comunicada da parte de Deus…

– É a mesma que deu à luz numa gruta em Belém, em circunstâncias imprevistas e humildes…

– Foi ela que, como nenhum outro, soube passar da relação biológica da maternidade para a nova família dos que escutam a palavra e fazem a vontade de Deus…

– Ela, que esteve junto à cruz do Filho, naquele momento da entrega total, em que lhe é confiada a maternidade sobre todos os que acreditam no mistério da salvação de Jesus…

– Esta mulher é mãe, discípula e irmã dos que fazem parte da nova família de Jesus… E é este percurso de Maria que leva a Igreja a reconhecer que, quem esteve assim tão próximo de Jesus e se envolveu com Ele em toda a sua vida, participa da mesma glória de Cristo ressuscitado e colocado “à direita do Pai”…

2. O final é estar com Deus

– O cântico do Magnificat, proclamado naquela circunstância do encontro com Isabel, mostra como a vida de Maria é uma vida de encontro com os outros… Não é, de modo algum, uma vida isolada, em que ela guarda as coisas para si e não as partilha…

– Neste cântico é recordada a história da intervenção de Deus em favor do seu povo no meio dos medos e dos sofrimentos… Esta história é de salvação porque, com os simples e os humildes, os pobres de coração aberto, Deus faz maravilhas…

– Maria reconhece que, aquilo que o Senhor disse ao longo dos séculos, se cumpre… O alcance das suas palavras vai muito mais além daquele encontro de duas mulheres e abrange o destino de toda a humanidade… Maria pode não compreender imediatamente todas as coisas que sucedem, mas reconhece que Alguém conduz amorosamente a história e que o final é de glorificação por obra de Deus…

– Aquilo que Maria diz no Magnificat é a expressão da festa de hoje: se Deus conduz a história e acolhe os que n’Ele confiam, então as incertezas, as canseiras, as dúvidas e os sofrimentos chegam a um final feliz: com Deus, na glória eterna…


Missa da vigília

LEITURA I 1Cr 15, 3-4.15-16; 16, 1-2
Naqueles dias, David reuniu em Jerusalém todo o povo de Israel, a fim de trasladar a arca do Senhor para o lugar que lhe tinha preparado. Convocou também os descendentes de Aarão e os levitas. Os levitas transportaram então a arca de Deus, por meio de varas que levavam aos ombros, conforme tinha ordenado Moisés, segundo a palavra do Senhor. David ordenou aos chefes dos levitas que dispusessem os seus irmãos cantores, para que, acompanhados por instrumentos de música – cítaras, harpas e címbalos – entoassem as suas alegres melodias. Assim trasladaram a arca de Deus e colocaram-na no meio da tenda que David mandara levantar para ela. Depois ofereceram, diante de Deus, holocaustos e sacrifícios de comunhão. Quando David acabou de oferecer os holocaustos e os sacrifícios de comunhão, abençoou o povo em nome do Senhor.

compreender a palavra
A Arca da Aliança foi, desde Moisés, o lugar da presença de Deus no meio do seu povo. Com ela o povo travou grandes batalhas e venceu. Sem ela, viveu momentos de amargura. David Manda construir uma tenda na cidade de Jerusalém e convoca o povo e de entre o povo os levitas para transportarem a Arca da Aliança. Encheram-se de festa e de júbilo, cantaram e dançaram e ofereceram holocaustos. O Senhor estava com eles e a Arca, dentro da cidade, colocada na tenda que David tinha mandado construir, era sinal da sua presença.

meditar a palavra
Ao celebrar a Assunção da Virgem Maria escutamos este pequeno texto do livro das Crónicas e com ele queremos perceber em Maria a Arca da Nova Aliança. Ela é o lugar onde Deus habita pela encarnação do Verbo. Nela e por ela o Senhor tornou-se presente no meio do seu povo, montou a sua tenda e habitou entre nós. Por ela teve início o cumprimento das promessas e a chegada do Reino de Deus. Ao chegar o final dos seus dias neste mundo, ela, como a Arca da Aliança, foi introduzida na Jerusalém do alto, na cidade de Deus, no céu, como sinal da enorme condescendência de Deus que, com o sim que dela recebeu, a tornou participante na salvação dos homens.

rezar a palavra
Maria, tu és a Arca da Nova Aliança, tu és a porta do céu, tu és caminho para Jesus. Neste dia em que louvamos o misterioso desígnio de Deus que te chamou a ser mãe do seu filho e te introduziu no santuário celeste, na cidade Santa de Jerusalém, louvamos o sim que deste a Deus e a misteriosa manifestação de Deus em ti. Que nos guie sempre o teu olhar e teu amor de mãe.

compromisso
Deus espera o meu sim para habitar em mim como num templo.

LEITURA II 1Cor 15, 54b-57
Irmãos: Quando este nosso corpo mortal se tornar imortal, então se realizará a palavra da Escritura: «A morte foi absorvida na vitória. Ó morte, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão?». O aguilhão da morte é o pecado e a força do pecado é a Lei. Mas dêmos graças a Deus, que nos dá esta vitória por Nosso Senhor Jesus Cristo.

compreender a palavra
Paulo explica o mistério da morte no mistério de Cristo. A morte, temida pelo homem, perdeu o poder diante de Cristo que a venceu com a sua própria morte. O poder da morte era o pecado que enfraquecia o homem diante de si mesmo, dos outros e de Deus. Na morte de Cristo o pecado foi absolvido e a morte foi vencida. Em Cristo o homem não tem medo da morte porque sabe que este corpo mortal pode tornar-se imortal na ressurreição de Cristo.

meditar a palavra
A morte foi vencida e não tem já poder sobre nós. Na morte de Cristo encontramos a vitória sobre a morte e o perdão dos pecados. Já não faz sentido ter medo da morte porque a vida nos é oferecida em Cristo. Nele podemos encontrar o caminho do homem novo que é caminho de vida eterna. Este corpo, em Cristo, torna-se imortal e pode habitar com ele nos céus. Maria, a primeira redimida, mostra na sua assunção, que o corpo mortal não é impedimento para alcançar o corpo imortal e viver para sempre em Deus.

rezar a palavra
Na tua assunção, Maria, vejo o caminho da vida. Unido a Cristo desde o batismo e pela fé vivida no sim de cada dia, posso como tu, aspirar às coisas do alto. Como tu quero viver a minha união com Cristo e como tu espero viver com ele eternamente. Maria, Mãe de Jesus, na tua assunção leva-me até ao Pai para que chegue um dia a contemplá-lo com os meus próprios olhos.

compromisso
Deixo que a luz de Deus brilhe em mim como esperança de vida eterna.

EVANGELHO Lc 11, 27-28
Naquele tempo, enquanto Jesus falava à multidão, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e disse: «Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito». Mas Jesus respondeu: «Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».

compreender a palavra
As palavras da mulher surgem da espontaneidade de quem escuta entusiasmada as palavras de Jesus. Ao ouvir Jesus, aquela mulher não foi capaz de se conter e elogiou Maria, a Mãe. Também ela sentiu desejo de ser a mãe de Jesus. Sentiu o desejo de ter um filho como o de Maria. Mas Jesus esclareceu que, a grandeza de Maria não está no facto de ser sua Mãe, mas no facto de ela escutar a palavra de Deus e responder sempre com um sim que lhe arrasta a vida toda no mesmo projeto de amor.

meditar a palavra
Por vezes ficamos admirados com algumas pessoas. Desde logo nos admiramos com Jesus e com sua Mãe. O seu sim, a sua disponibilidade para Deus e para os outros, parecem-nos uma atitude incrível. Gostávamos de ser assim. No entanto, estas vidas estão marcadas pela dor, pelo sofrimento, pela entrega que é dádiva, renúncia, por uma decisão radical. Estas vidas são caminho que passa pela morte. Queremos o êxito e esquecemos o sacrifício. Na sua assunção, Maria, revela-nos o céu como destino, mas não nos diz que o caminho para o céu é o êxito, a fama, a riqueza, o prestígio ou o poder. Muito pelo contrário, os últimos são os primeiros. Escutar, como Maria, a palavra de Deus é escolher o último lugar, é decidir abraçar a cruz para viver. É descer para subir.

rezar a palavra
Penso a minha felicidade a partir da satisfação que as coisas me provocam. O que me agrada, o que me alegre, o que me dá prazer é caminho de felicidade. Tudo o que me traz sacrifício, dor, lágrimas. Tudo o que exige sacrifício, esforço, renúncia não me mostra a felicidade. Sei, Senhor, que a felicidade que me propões não passa pela minha satisfação sensorial. Não passa pelo comodismo de uma vida tranquila. Para chegar à verdadeira felicidade, àquela felicidade que não se acaba, para chegar ao céu tenho que perder tudo e não ganhar o mundo. Sei que não chego se não levar a cruz, a minha e a dos outros. Sei que só posso alcançar se seguir, como Maria, atrás de ti, Senhor.

compromisso
Olho o céu e gasto os pés e as mãos cuidando dos meus irmãos mais pequeninos.

Missa do dia

LEITURA I Ap 11, 19a; 12, 1-6a.10ab
O templo de Deus abriu-se no Céu e a arca da aliança foi vista no seu templo. Apareceu no Céu um sinal grandioso: uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça. Estava para ser mãe e gritava com as dores e ânsias da maternidade. E apareceu no Céu outro sinal: um enorme dragão cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres e nas cabeças sete diademas. A cauda arrastava um terço das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra. O dragão colocou-se diante da mulher que estava para ser mãe, para lhe devorar o filho, logo que nascesse. Ela teve um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. O filho foi levado para junto de Deus e do seu trono e a mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar. E ouvi uma voz poderosa que clamava no Céu: «Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e o domínio do seu Ungido».

compreender a palavra
João vê o céu aberto. No céu vê uma mulher coroada e prestes a dar à luz. Vê também um dragão que pretende devorar o menino assim que ele nascer. A mulher grita com as dores de parte enquanto o dragão lança as estrelas do céu sobre a terra. Tudo parece adivinhar uma desgraça. No entanto, no momento certo, o menino foi levado para junto de Deus e a mulher protegida por Deus num lugar previamente preparado. A voz de Deus ecoa, então, manifestando a chegada da salvação. Maria é esta mulher intocada pelo dragão e Jesus é o menino levado por Deus. Ela é a arca da aliança protegida por Deus em lugar seguro, na Jerusalém celeste. Ele é o ungido, aquele por quem vem a salvação e se manifesta o poder de Deus.

meditar a palavra
No contexto da celebração da Assunção da Virgem Santa Maria, percebemos a mulher do apocalipse como figura de Maria, aquela que Deus escolheu para ser a mãe do ungido. O nascimento do salvador incomoda os impérios do mal representados no dragão. Por momentos parece que o dragão é mais forte que a mulher que geme as dores de parto. Mas no final o poder é de Deus e do seu ungido. Com esta mulher a salvação chegou para todos os homens. Ela é, agora, a arca da nova aliança no templo santo da Jerusalém do alto. Ela habita no lugar de antemão preparado por Deus para ela. Ao contemplá-la na sua assunção percebemos que, também a nós, o Senhor chama para habitarmos no seu santuário, como cidadãos do céu. Aspiremos, pois, às coisas do alto onde Maria e Cristo se encontram.

rezar a palavra
Senhora da assunção, de olhos postos em vós queremos saudar-vos como rainha e mãe. Em nós habita o desejo de estar junto de vós, no santuário divino, diante do Deus poderoso e forte, misericordioso e santo. Levai-nos convosco no vosso manto maternal e abrigai-nos à sobra do vosso amor.

compromisso
Rezo a Maria confiando-lhe as minhas horas de dor e a hora da minha morte.

LEITURA II 1Cor 15, 20-27
Irmãos: Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. Uma vez que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos; porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo serão todos restituídos à vida. Cada qual, porém, na sua ordem: primeiro, Cristo, como primícias; a seguir, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. Depois será o fim, quando Cristo entregar o reino a Deus seu Pai depois de ter aniquilado toda a soberania, autoridade e poder. É necessário que Ele reine, até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. E o último inimigo a ser aniquilado é a morte, porque Deus tudo colocou debaixo dos seus pés. Mas quando se diz que tudo Lhe está submetido é claro que se excetua Aquele que Lhe submeteu todas as coisas.

compreender a palavra
Paulo fala da morte redimida na morte de Cristo. A humanidade herdeira da condição de Adão padece o drama da morte. Em Adão todos os homens morrem. Mas pela morte de Cristo, um novo capítulo e uma nova ordem se instaurara. Agora todos os homens são restituídos à vida porque a morte foi vencida e todos ressuscitam com Cristo. Na dinâmica da ressurreição há uma ordem, primeiro Cristo, depois os que pertencem a Cristo e depois é o fim. Tudo será submetido a Cristo.

meditar a palavra
Ao refletir sobre esta passagem da carta aos coríntios percebemos Cristo como o centro da humanidade. Adão, foi substituído por Cristo na ordem da prioridade. Todos estávamos marcados pela fragilidade de “adam”, aquele que é da terra. Pó da terra destinado a voltar irremediavelmente ao pó. De olhos postos no chão vivíamos para as coisas da terra. Com Cristo, o homem escravo pelo drama da morte, ficou livre e pode olhar para o céu. Na ressurreição de Cristo encontrámos um novo centro para a nossa existência, Cristo, que nos chama a olhar para o alto de onde nos vem a salvação. Na festa da assunção de Maria, maior é a força que nos eleva. Agora o que nos atrai não são os bens deste mundo, mas os bens eternos que podemos possuir ressuscitando com Cristo. Levada em corpo e alma para o céu, Maria, mostra que o nosso destino não é a sepultura, mas o templo santo do Senhor.

rezar a palavra
Elevo-me contigo, Maria, no desejo de ressuscitar com Cristo. Os meus olhos querem ver mais longe. Olhando o teu rosto na imagem, vejo a beleza do céu. No teu olhar acolho o dom de Deus infinitamente Pai e peço a benevolência do amor misericordioso, oferecido ao pródigo que regressa a casa. No íntimo da minha pobreza desejo a riqueza do eterno que me salva na ressurreição de Cristo, teu filho.

compromisso
Levanto os meus olhos para vós que habitais nos céus.

EVANGELHO Lc 1, 39-56
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor». Maria disse então: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.

compreender a palavra
Este texto, muito conhecido de todos, encanta logo de início porque as pessoas implicadas, Zacarias, Isabel e Maria, foram alvo da manifestação de Deus de modos diferentes e em lugares diferentes, mas aparecem aqui reunidas no mesmo momento e lugar. O texto começa por nos querer dizer que todos concorrem, à sua maneira, para a realização do Plano de salvação que Deus tem para o homem, porque estão de coração aberto ao Espírito que vem sobre eles. É nesta linha que devem ser entendidas as palavras da saudação e as palavras do Cântico de Maria. São palavras do Espírito que as ensina a ler os acontecimentos e a entender o que está para vir. Veem a ação de Deus a favor dos humildes e isso enche-as de alegria até ao ponto de proclamarem em voz alta os louvores de Deus. Hoje, Maria canta o seu Magnificat desde o mistério da sua assunção, dizendo-nos o quanto Deus foi benevolente para com ela ao olhá-la desde toda a eternidade para ser a mãe do seu filho.

meditar a palavra
Maria consegue ver na simplicidade das palavras e dos gestos a presença de um Deus que olhou para a sua humilde serva e a elevou ao mais alto dos céus para ser proclamada bem-aventurada por todas as gerações. Nos gestos simples e nas palavras de bondade comunica-se a ação de Deus em nós, para a nossa salvação e para a salvação do mundo. Deus comunica-se na minha vida para o bem de todos. Eu experimento o amor de Deus que vem a mim na força do Espírito Santo, para que o dê a conhecer como salvação para os pobres, os humildes, os famintos. Em nós e nos outros podemos experimentar a salvação que Deus nos oferece. Isto compromete-nos nas palavras e nos gestos quotidianos. Tudo em nós há de falar de um Deus que salva. Tudo em nós há de ser manifestação da esperança que está reservada nos céus.

rezar a palavra
Hoje, faço das palavras de Maria a minha oração. “A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. (…)

compromisso
Hoje faço a minha profissão de fé na ressurreição, na vida do mundo que há de vir.